- Eu tenho o direito de pedir o que eu quero.
- Eu tenho o direito de dizer “não” a pedidos e exigências que eu não posso atender.
- Eu tenho o direito a expressar todos os meus sentimentos – positivos e negativos.
- Eu tenho o direito a mudar de opinião.
- Eu tenho o direito de cometer erros e de não ser perfeito.
- Eu tenho o direito de seguir os meus valores e crenças.
- Eu tenho o direito de dizer “não” a tudo aquilo que eu não me sinta em condições de realizar, que seja pouco seguro ou que entre em conflito com os meus valores.
- Eu tenho o direito de determinar as minhas prioridades.
- Eu tenho o direito de não me sentir responsável pelas acções, sentimentos ou comportamentos dos outros.
- Eu tenho o direito de esperar honestidade dos outros.
- Eu tenho o direito de estar zangado com alguém que eu amo.
- Eu tenho o direito a ser eu próprio e a ser único.
- Eu tenho o direito de expressar medo.
- Eu tenho o direito de dizer: “Eu não sei”.
- Eu tenho o direito de não dar desculpas e justificações para o meu comportamento.
- Eu tenho direito ao meu espaço e tempo.
- Eu tenho o direito a ser brincalhão.
- Eu tenho o direito de ser mais saudável do que aqueles ao meu redor.
- Eu tenho o direito de sentir-me seguro e de viver num ambiente protegido.
- Eu tenho direito a fazer amigos e a sentir-me confortável quando estou com os outros.
- Eu tenho direito de mudar e de crescer.
- Eu tenho o direito que os outros respeitem as minhas necessidades
- Eu tenho o direito de ser tratado com dignidade e respeito.
- Eu tenho o direito a ser feliz.
(tradução de “Bill of Personal Rights”, autor desconhecido)
A um direito corresponde sempre um dever. Quando o meu direito a pedir o que quero esbarra com o querer dos outros, não é egoismo fazer prevalecer o nosso querer? Porque se tenho o direito de pedir o que quero também tenho o dever de ouvir o que quer o outro, certo? E quando queremos coisas opostas?
Cara Isabel, a carta dos direitos pessoais tem relevância para nos lembrar que as pessoas são frequentemente abusadoras ou abusadas relativamente aos seus direitos, nas relações com os outros. A carta também parte do pressuposto que para defendermos os nossos direitos também teremos de respeitar os direitos dos outros. A sua questão é pertinente embora o direito a pedir o que eu quero não é o mesmo que fazer prevalecer o meu querer, significa simplesmente que eu tenho esse direito e quando este é oposto ao da pessoa com quem eu tenho uma relação, então eu terei de negociar com essa pessoa, terei de a saber ouvir, de respeitar as suas opções e procurar um consenso. Esta negociação, aspecto fundamental nas relações, traduzirá o respeito pelos direitos de ambos em lugar da imposição da vontade duma pessoa sobre a outra. Tal como na negociação entre países ou outras entidades o respeito pelas diferentes vontades e a capacidade negocial para chegar a um acordo traduzirá um equilíbrio de poder vantajoso para ambos, diferente duma relação que resulta da imposição da vontade duma parte sobre a outra.